6 fatores que influenciam na retenção e estabilidade da prótese

A reabilitação protética é uma área de destaque na implantologia.O sucesso de um tratamento vai depender diretamente da retenção e estabilidade da prótese, e será determinado pela confecção e por uma série de fatores inter-relacionados que influenciam no seu desempenho a longo prazo.

Compreender os elementos da reabilitação protética permite aos profissionais de implantologia otimizar os resultados e melhorar a qualidade de vida dos pacientes.

Vamos fornecer uma visão abrangente sobre como otimizar a retenção e estabilidade das próteses, garantindo que a reabilitação protética dos seus pacientes seja bem-sucedida e duradoura.

O que é retenção da prótese?

A retenção da prótese é um conceito da odontologia protética que se refere à capacidade da prótese em resistir às forças que tentam deslocá-la da sua posição na cavidade oral. Em termos mais simples, a retenção é a força que mantém a prótese firme no lugar contra a remoção, seja ela parcial ou total. 

Este aspecto é crucial para garantir o conforto, a funcionalidade e a longevidade da prótese. Existem alguns tipos de retenção, a depender do modelo e do método de fixação:

  • Retenção mecânica: utiliza componentes mecânicos, como parafusos, clipes ou encaixes, que ajudam a manter a prótese no lugar. Este tipo de retenção é comum em modelos sobre implantes.
  • Retenção física: é baseada em princípios físicos, como a adesão e a coesão entre a peça e os tecidos orais. Por exemplo, a tensão superficial e a capilaridade podem contribuir para a retenção de uma prótese total removível.
  • Retenção química: utiliza agentes adesivos que proporcionam uma fixação química entre a prótese e os tecidos dentários ou gengivais. Adesivos protéticos são frequentemente utilizados para melhorar a retenção dos modelos removíveis.

A retenção adequada é vital para o sucesso da reabilitação protética. Ela assegura que a prótese permaneça no lugar durante a mastigação, a fala e outras atividades diárias, além de proporcionar conforto e segurança ao paciente. 

Próteses com boa retenção também distribuem melhor as forças mastigatórias, reduzindo o estresse nos implantes e nos tecidos de suporte

O que é estabilidade da prótese?

A estabilidade é a capacidade da prótese de resistir às forças que tentam deslocá-la em qualquer direção quando já posicionada na boca. Diferentemente da retenção, que é a resistência à remoção, a estabilidade envolve a resistência ao movimento lateral, vertical ou rotacional. 

A estabilidade é crucial para o desempenho funcional. Influencia diretamente no conforto do paciente, na eficiência mastigatória e na longevidade da reabilitação. São dois tipos:

  • Estabilidade primária: é a estabilidade inicial do implante após a colocação. Ela é determinada pela quantidade e qualidade do osso ao redor do implante e pelo método de inserção. A estabilidade primária é essencial para a osseointegração bem-sucedida e para a função imediata da prótese.
  • Estabilidade secundária: é a que vai desenvolver com o tempo, à medida que o osso cicatriza e se integra ao implante. Além disso, é um fator crucial para a longevidade do implante e da prótese, e depende da saúde óssea a longo prazo e da ausência de inflamação ou infecção peri-implantar.

Uma prótese estável permite uma mastigação eficiente, uma fala clara e aumenta o conforto do paciente. Além disso, a estabilidade protege os tecidos de suporte e os implantes, o que reduz o risco de complicações como a peri-implantite e a perda óssea.

Quais fatores influenciam na retenção e estabilidade da prótese?

1. Qualidade óssea no local do implante

A qualidade óssea é um dos fatores primordiais na retenção de próteses. Ossos de alta densidade, como os da região anterior da mandíbula, oferecem um suporte mais estável para os implantes, permitindo uma integração óssea mais eficaz. 

Em contraste, os ossos de baixa densidade, encontrados frequentemente no maxilar posterior, podem apresentar desafios como menor estabilidade inicial e maior risco de falha do implante. 

Para superar essas dificuldades, técnicas como enxertos ósseos ou o uso de implantes de maior diâmetro podem ser utilizados para melhorar a qualidade e a quantidade óssea disponível.

2. Tipo de conexão entre o implante e a prótese

A conexão entre o implante e a prótese também influencia na retenção. As conexões do tipo hexágono externo foram amplamente utilizadas no passado, mas têm mostrado algumas limitações em termos de estabilidade. 

Conexões internas, como o hexágono interno ou conexões cônicas, proporcionam uma melhor distribuição de forças e maior estabilidade mecânica. Além disso, essas conexões minimizam o micromovimento e a infiltração bacteriana.

3. Design da prótese e distribuição de carga

O design é essencial para a distribuição adequada das forças mastigatórias. Uma prótese mal projetada pode levar a uma distribuição desigual de carga, resultando em estresse excessivo em determinadas áreas que vai comprometer a retenção. 

Inserir próteses bem adaptadas, com uma distribuição de carga equilibrada, ajuda a prevenir complicações e melhora a retenção. Além disso, o ajuste preciso da prótese ao implante é fundamental para evitar micromovimentos que possam afetar a integração óssea e a retenção.

4. Oclusão adequada

A oclusão adequada é vital para a estabilidade da prótese. Quando feita de forma incorreta, gera problemas como desgaste excessivo da prótese, desconforto do paciente e até falha do implante. 

Avaliar cuidadosamente a oclusão e fazer ajustes precisos são etapas necessárias para garantir que as forças sejam distribuídas uniformemente, e previnam a sobrecarga em pontos específicos. Técnicas como a análise oclusal digital podem ser úteis para identificar e corrigir desequilíbrios oclusais, contribuindo para a estabilidade a longo prazo da prótese.

5. Fermentação dos tecidos peri-implantares

A saúde dos tecidos peri-implantares é essencial para a estabilidade da prótese. Inflamação e infecção nesses tecidos podem levar à perda óssea e à falha do implante. 

Orientar o paciente para realizar a correta higiene oral e fazer visitas regulares ao dentista para limpeza profissional são ações fundamentais para prevenir a peri-implantite. Além disso, utilizar materiais biocompatíveis e técnicas cirúrgicas minimamente invasivas podem ajudar a preservar a saúde dos tecidos peri-implantares e garantir a estabilidade da prótese.

6. Manutenção correta pelo paciente

A manutenção correta da prótese pelo paciente é um dos principais fatores que garantem a  estabilidade. Pacientes devem ser instruídos sobre a importância de uma higiene oral rigorosa e ensinados a utilizarem técnicas de limpeza adequadas para prevenir complicações. 

Usar escovas interdentais, fio dental e enxaguantes bucais específicos pode ajudar a remover a placa bacteriana e prevenir a inflamação dos tecidos peri-implantares. Além disso, consultas regulares para avaliação e manutenção da prótese são essenciais para detectar e tratar precocemente quaisquer problemas que possam surgir.

Um dentista de excelência tem a responsabilidade de se manter atualizado com as melhores práticas e técnicas disponíveis, que vão otimizar a retenção e estabilidade da prótese. Assim, é possível garantir aos pacientes abordagens que sejam baseadas nas evidências mais recentes e eficazes.

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