Reabilitação de maxila atrófica: possibilidades de abordagens e tratamentos
A reabilitação da maxila atrófica representa atualmente um dos maiores desafios na odontologia. A perda óssea na região maxilar, seja por perda dentária, doenças periodontais ou traumas, compromete mais do que estética facial — prejudica também a função mastigatória e a qualidade de vida do paciente.

Devido à insuficiência de volume ósseo, a atrofia da maxila pode chegar a limitar as opções tradicionais de tratamento, como a instalação de implantes dentários convencionais. Neste contexto, aplicar novas abordagens e técnicas na sua clínica é essencial para oferecer soluções eficazes e duradouras aos pacientes.
Este artigo explora as diferentes abordagens e tratamentos disponíveis para a reabilitação da maxila atrófica. Destacamos as principais técnicas e a importância de um diagnóstico preciso e personalizado, com o objetivo de proporcionar aos profissionais da odontologia uma visão abrangente e atualizada sobre o tema. Continue a leitura e saiba mais.
Reabilitação de maxila atrófica: compreenda o cenário
A maxila atrófica é a perda acentuada de volume ósseo na região maxilar. É uma condição multifatorial, onde a perda óssea progressiva na região da maxila pode ser desencadeada por diversas causas. Entre as principais estão:
Perda dentária prolongada
A perda de dentes, especialmente quando não é seguida por reabilitação protética adequada, leva à reabsorção óssea. A ausência de estímulos mastigatórios na área desdentada acelera a perda de volume ósseo, uma vez que o osso alveolar, responsável por suportar os dentes, tende a se atrofiar quando não recebe carga funcional.
Doenças periodontais
As doenças periodontais, como a periodontite, provocam inflamação e destruição dos tecidos de suporte dos dentes, incluindo o osso alveolar. Se não tratadas, essas doenças podem levar à perda dentária e subsequente reabsorção óssea, o que contribui para a atrofia da maxila.
Traumas faciais
Lesões traumáticas na face, como fraturas maxilares ou danos causados por acidentes, podem resultar na perda de estrutura óssea. Mesmo após a cicatrização, o osso danificado pode não se regenerar completamente e leva a uma diminuição do volume ósseo na região afetada.
Condições sistêmicas
Doenças sistêmicas, como a osteoporose, afetam a densidade óssea em todo o corpo, incluindo a maxila. Pacientes com osteoporose estão mais suscetíveis à reabsorção óssea acelerada, o que pode contribuir para o desenvolvimento da atrofia maxilar.
Fatores genéticos
A predisposição genética também pode desempenhar um papel importante na atrofia maxilar. Algumas pessoas têm uma tendência hereditária para a perda óssea mais rápida, mesmo na ausência de fatores desencadeantes claros, como perda dentária ou doença periodontal.
Envelhecimento
Com o avanço da idade, é comum ocorrer uma perda gradual de densidade óssea em todo o esqueleto, incluindo a maxila. Este processo natural de envelhecimento pode se intensificar por outros fatores, como a perda dentária e a diminuição da atividade mastigatória.
Essas causas, isoladas ou em combinação, além de levar à atrofia maxilar, criam desafios para a reabilitação oral e reafirmam a importância de uma intervenção precoce e adequada.
Vale ressaltar que a perda óssea na maxila é muito mais que uma questão estética, pois afeta diretamente a função mastigatória, a fala e a estabilidade das próteses dentárias.
Uma outra consequência importante é que a reabsorção óssea pode alterar significativamente a aparência facial. Se o tratamento não for iniciado em tempo hábil, causa redução da altura do terço inferior da face, colapso dos lábios e uma projeção excessiva do nariz, o que impacta na autoestima e na qualidade de vida dos pacientes.
Essas mudanças estruturais e funcionais tornam a reabilitação da maxila atrófica um desafio clínico. O volume ósseo remanescente muitas vezes é insuficiente para a instalação de implantes dentários convencionais, o que exige uma abordagem personalizada e técnicas avançadas para restaurar as funções.
Avaliação inicial do paciente
A avaliação de um paciente com maxila atrófica requer um diagnóstico preciso, baseado em uma combinação de exames clínicos e radiográficos. Essa etapa é fundamental para determinar o grau de atrofia, identificar as melhores opções de tratamento e planejar a reabilitação de maneira segura e eficaz.
Exames clínicos
Anamnese detalhada
A avaliação clínica começa com uma anamnese abrangente, onde o dentista coleta informações sobre o histórico médico e odontológico do paciente. Inclui saber sobre antecedentes de perda dentária, doenças periodontais, traumas e condições sistêmicas que possam afetar a densidade óssea.
Exame intraoral
Um exame minucioso da cavidade oral deve ser feito para avaliar a saúde dos tecidos moles, a condição das próteses existentes, a presença de inflamação ou infecção, e a qualidade da mucosa que recobre a maxila. A palpação e inspeção visual ajudam a identificar áreas de atrofia e detectar sinais de mobilidade dentária ou resiliência inadequada dos tecidos.
Avaliação da oclusão
A análise da oclusão é muito importante, pois ajuda a identificar desequilíbrios que possam estar contribuindo para a reabsorção óssea ou afetar a estabilidade das próteses. A oclusão inadequada pode também influenciar a escolha do tipo de reabilitação protética ou a necessidade de um tratamento focado na oclusão desequilibrada. .
Exames radiográficos
Tomografia computadorizada (TC)
A tomografia computadorizada, especialmente a TC de feixe cônico (CBCT), é o exame radiográfico mais indicado para a avaliação da maxila atrófica.
A TC oferece imagens tridimensionais detalhadas da estrutura óssea, o que permite a medição precisa da altura, largura e densidade óssea em diferentes regiões da maxila.Vale ressaltar que dependendo do grau de severidade da atrofia será necessário utilizar outras técnicas de tomografia computadorizada específicas ao caso.
Radiografias panorâmicas
Embora menos detalhada que a TC, a radiografia panorâmica fornece uma visão geral das estruturas orais e maxilofaciais. Ela é útil para avaliar a integridade óssea global, identificar lesões ou patologias, e visualizar a posição dos seios maxilares e das raízes dentárias remanescentes.
Radiografias periapicais
As radiografias periapicais são usadas para avaliar a condição dos dentes remanescentes e a saúde do osso alveolar em áreas específicas. Elas podem revelar detalhes importantes sobre a qualidade do osso peri-implantar e a presença de reabsorção radicular ou doenças periodontais.
Imagens de ressonância magnética (RM)
Em casos complexos, onde se deseja avaliar os tecidos moles ou quando há suspeita de lesões que não são claramente visíveis em radiografias convencionais, a ressonância magnética também pode ser utilizada.
Além dos exames, é fundamental para o sucesso do tratamento entender as expectativas do paciente. A comunicação clara e transparente é necessária para alinhar os objetivos e garantir que o plano de tratamento escolhido atenda às necessidades e desejos daquela pessoa.
Abordagens tradicionais para reabilitação
Historicamente, a reabilitação da maxila atrófica envolvia abordagens como implantes dentários, enxertos ósseos em bloco e próteses totais ou parciais.
- Implantes dentários convencionais: são amplamente utilizados para a reabilitação de áreas edêntulas, mas sua aplicação na maxila atrófica é limitada pela falta de volume ósseo adequado.
- Enxertos ósseos: os enxertos ósseos, seja autógenos, alógenos ou xenógenos, são uma solução tradicional para aumentar o volume ósseo antes da instalação de implantes. Essa técnica, apesar de eficaz, requer um tempo de cicatrização prolongado, limitações na quantidade de aumento volume e pode apresentar morbidade associada à área doadora.
- Prótese total ou parcial: em casos de atrofia severa, onde o paciente não deseja ou não pode realizar cirurgias mais complexas, as próteses totais ou parciais removíveis são uma alternativa. No entanto, estas podem não oferecer a mesma estabilidade e conforto que as próteses fixas suportadas por implantes.
Inovações em tratamento
Com os avanços da odontologia, novas técnicas e abordagens surgiram para tratar a maxila atrófica de forma menos invasiva e com melhores resultados. Conheça alguns dos principais:
Implantes zigomáticos
Esta técnica inovadora utiliza os ossos zigomáticos, situados nas maçãs do rosto, como ancoragem para os implantes, e permite a reabilitação de pacientes com atrofia severa sem a necessidade de enxertos ósseos. Os implantes zigomáticos oferecem uma alternativa eficaz e minimamente invasiva para pacientes que desejam reabilitação fixa.
Neodent® Attachment TiN
Entre as soluções inovadoras disponíveis para a reabilitação de maxilas atróficas, o Neodent® Attachment TiN se destaca pela eficiência e praticidade. Este sistema foi desenvolvido para oferecer uma solução versátil e de alta performance para próteses removíveis sobre implantes.
Este modelo de componente para prótese dentária é revestido com nitreto de titânio (TiN), um material altamente resistente ao desgaste, que proporciona uma maior longevidade em comparação com attachments convencionais. Resulta em menos manutenções com mais conforto.
Além disso, o Neodent® Attachment TiN é compatível com uma ampla gama de implantes, o que facilita a integração em diferentes protocolos de tratamento. Seja em casos de carga imediata ou em próteses removíveis convencionais, é uma excelente escolha para o sucesso do tratamento.
Técnicas regenerativas avançadas
São técnicas que incluem o uso de biomateriais, fatores de crescimento e células-tronco para promover a regeneração óssea. Elas têm apresentado resultados promissores em termos de recuperação óssea e integração com implantes.
Tratamentos digitais
As tecnologias digitais, como a navegação cirúrgica e a impressão 3D, revolucionou o planejamento e a execução de reabilitações complexas.
Antes mesmo da cirurgia você pode imprimir a cópia exata da condição óssea do paciente para melhor visualização e qual melhor abordagem cirúrgica. A precisão destas ferramentas permite uma abordagem mais segura e personalizada, o que reduz o tempo de cirurgia e melhora os resultados estéticos e funcionais.
Ao longo do artigo, podemos perceber que a reabilitação de maxila atrófica exige um conhecimento aprofundado das diferentes abordagens e técnicas disponíveis. É importante, também, que estejam sempre aliadas a uma avaliação cuidadosa das necessidades e expectativas do paciente.
Os dentistas e profissionais da odontologia atualmente têm à disposição soluções que permitem reabilitar até os casos mais desafiadores. Conseguem, com sucesso, devolver ao paciente a função mastigatória, a estética facial e a qualidade de vida.
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